Como transportar um cão no carro
Quando viajamos com cães no carro, existem determinadas regras de segurança que devemos respeitar. Estas regras servem não só para garantir a segurança do nosso cão, mas também a nossa e a das pessoas que circulem na via em que estamos.
Quando falo das minhas viagens com a Suma, uma das perguntas que mais me fazem é: “Afinal como é que eu tenho que transportar o meu cão para não levar uma multa?”
Em Portugal, a lei que prevê o transporte de animais domésticos não é explícita. De uma forma resumida, diz que o transporte de animais deve ser feito em veículos e contentores adequados e não deve comprometer o bem-estar dos animais (de acordo com a Convenção Europeia para a Proteção dos animais de Companhia), nem prejudicar a condução, sob pena de uma multa que pode ir entre os 60 e os 600€.
Ficaram esclarecidos? Pois, eu também não. De acordo com o meu conhecimento, existem três maneiras de transportarem o vosso cão em segurança. A caixa transportadora, o cinto de segurança para cães e a mala do carro.
O método de transporte ideal é a caixa transportadora, com algumas recomendações. A primeira é relativa ao tamanho. A transportadora não deve ser nem muito pequena, para o cão não ir apertado, nem muito grande, para ele não ir aos trambolhões. Para além disto, é recomendável que vá presa de forma a prevenir lesões ao animal e a limitar a possibilidade de se tornar um projétil em caso de acidente ou travagem brusca. Podem prendê-la como quiserem, desde que não tapem as entradas de ar. Dependendo do tamanho, pode ir pousada no chão do carro entre os dois bancos, presa pelo cinto de segurança/cintas fixadoras ou até mesmo entre bagagens. A única coisa que importa é que a transportadora não ande à solta.
Este método tem alguns inconvenientes, como o espaço que ocupa e o fator económico. Estas caixas são difíceis de arrumar com a bagagem sem tapar a ventilação. Além disso, para cães grandes não é fácil encontrar uma que caiba no carro e permita que o cão entre. Já para não falar de que podem ser muito caras, principalmente quando temos um cão desde bebé e temos de ir comprando tamanhos diferentes à medida que ele cresce. Para além de ficar caro, ficamos com um montão de transportadoras em casa que nunca mais vamos usar.
Uma alternativa mais económica às caixas transportadoras são os cintos de segurança para cães. Estes cintos encaixam no adaptador do cinto de segurança ou no próprio cinto e são muito fáceis de usar. Prendem-se ao cão através de uma coleira ou de um peitoral, sendo que o peitoral é mais seguro, porque previne o estrangulamento em travagens bruscas. Também têm a vantagem de não ocuparem tanto espaço.
No entanto, estes cintos têm algumas limitações, porque obrigam a que os cães vão no banco de trás. Normalmente, os bancos são inclinados e afundam com o peso dos animais, o que os torna desconfortáveis em viagens longas, principalmente para animais de grande porte. Cães muito grandes desequilibram-se e chegam a cair quando tentam mudar de posição.
A outra opção que existe é a mala do carro. Esta é a melhor para cães grandes, porque é mais plana, dá-lhes mais espaço e permite que eles mudem de posição mais facilmente. Existem até redes ou grelhas de segurança que separam a mala dos bancos de trás e impedem que o cão passe para a frente ou seja projetado em caso de acidente ou travagem brusca.
Qualquer uma destas formas de transporte é segura e legal. É uma questão de escolherem a que melhor se adapta a vocês e ao vosso cão.
Estaria a mentir se dissesse que nunca transportei cães sem ser destas maneiras, principalmente em situações pontuais em que não estava com o meu carro ou que estava no meio do campo. Mas um dia não são dias e se respeitarem estas regras vão estar todos em segurança. Também vão retirar bastantes fatores de stress que são os maiores causadores do facto do vosso cão não gostar de andar de carro. Assim a viagem é segura e agradável para todos.
Não se esqueçam de levar a documentação de identificação e as respetivas vacinas em dia. Se forem para fora do país certifiquem-se que têm tudo o necessário, porque a documentação varia de país para país.
Peço desculpa pelo post mais informativo e espero ter esclarecido as vossas dúvidas. Qualquer questão é só perguntar!